O que era pra ser uma manifestação de pluralidade e aceitação tornou-se o palco de um duelo entre duas instituições não governamentais com sede em Salvador. Na manhã desta sexta-feira (23), o Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia (GAPA-BA) divulgou uma nota em que acusa o Grupo Gay da Bahia (GGB) de vetar a concessão de um trio elétrico para a instituição participar da Parada Gay de Salvador, marcada para este domingo (25), às 11h, no Campo Grande.

Segundo o GAPA, o GGB preferiu destinar os trios elétricos para organizações de fins comerciais, como casas noturnas. “Com isso, o GAPA ficou impossibilitado de participar da última edição da Parada Gay, contrariamente ao que vinha fazendo em todas as edições da manifestação”.

“Mais uma vez, o GGB priorizou destinar parte dos trios elétricos que compõem a Parada a empresários da noite em detrimento de uma organização social, que levaria a bandeira da luta contra homofobia e da prevenção à AIDS para o trajeto do evento”, disse a nota emitida pelo GAPA.

O GGB, no entanto, afirmou que o GAPA tinha um trio elétrico reservado para a Parada Gay, mas que desistiu do veículo por conta do prazo para confirmação estipulado pela organização do evento. De acordo com o coordenador político e vice-presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, a concessão do veículo foi definida na última quinta-feira (22), mas o GAPA não aceitou a data e retirou a participação da Parada Gay. “São arrogantes e prepotentes. São como um menino pequeno, querem o saco de bala todo porque não se contentam com uma só”, disse.

Marcelo Cerqueira disse ainda que o GGB devolveu a taxa de participação paga pelo GAPA e que não priorizou a participação de empreendimentos comerciais. “Eles tinham o trio garantido até a última quinta-feira, mas agiram de forma autoritária e não aceitaram os termos propostos. Nos trataram como se o GGB fosse o garoto de recados do GAPA”, declarou o vice-presidente do Grupo Gay da Bahia.

fonte:Tribuna da Bahia