Eu sempre digo que não existe “A” melhor invenção da história, e sim um conjunto delas. Pra mim foram três: a linguagem escrita (alfabeto e formação de palavras), o papel e a caneta. Sério, poderia ser um prisioneiro encarcerado numa solitária muitíssimo apertada, mas não enlouqueceria se tivesse bons livros e revistas a mão, e papel e caneta pra escrever as insanidades que viessem a mente.
Hoje o papel, embora ainda absurdamente utilizado (principalmente em órgãos públicos), começa a diminuir de circulação. Basta dizer que num mísero pen drive de 512 MB cabem uns 400 livros de umas duzentas páginas cada. Pense então quantos livros estão no seu PC. E na internet? E as fotos não-reveladas que economizam papel fotográfico? A Era Digital está aí para economizar papel… e sola de carteiro.
Bom, documentos, planilhas e essas coisas com durabilidade baixa, foram rapidamente para o computador, circulando em e-mails ao invés de carrinhos (se bem que no Judiciário a coisa é feia…). Mas, livros e quadrinhos ainda estão no papel, e isso não vai mudar tão cedo, assim como os cadernos de faculdade, que teimam em não serem substituídos.
Os primeiros passos na direção da substituição dos livros por versões digitais já estão sendo dados com os e-books reader. Na verdade, o maior obstáculo é fazer um gadget com tamanho parecido com o de um livro, assim como uma tela confortável para a leitura de centenas de páginas seguidas (quadrinhos vão ficar em papel por várias décadas ainda… a não ser que inventem um reader versão Absolute, ou algo do gênero).
O primeiro a pintar no mercado foi o Kindle, da Amazon, que foi contra tudo que a internet ensinou sobre NÃO usar formato proprietário. E apesar da multidão de promessas que a Amazon fez, a chegada do Kindle 2, em fevereiro desse ano melhorou um pouco as coisas, com uma tela melhor, e um layout um pouco mais moderno.
Há poucos meses, em junho para ser mais exato, chegou a terceira versão do livro do futuro. Na verdade não tão a terceira, já que é o Kindle DX que é o substituto formal do primeiro Kindle, sendo o 2, um puro engano. As melhorias foram várias. A melhor, na minha opinião, diz respeito a aceitação de formato PDF (o que garante ler qualquer coisa, já que não é nada difícil transformar um documento em PDF), o que já adiciona uma infinidade de livros a sua e-biblioteca. Mas também temos uma expansão da memória nativa para 4GB (o anterior possuía 1GB), menos de 1cm de espessura, inclinômetro no melhor estilo iPhone e uma boa distribuição dos botões.
A tela de e-ink (agora com 10 polegadas, ao invés das 6’ do anterior), já praticamente um padrão em e-books, não gasta bateria enquanto se lê, apenas para passar páginas, o que ele suporta fazer umas 10 mil vezes com uma carga de bateria. Como ponto negativo se destaca o sumiço da entrada de cartões SD, presente no primeiro Kindle.
É um belo aparelho, embora eu daria mais prioridade a compra de um Tablet PC, mais robusto e com mais recursos.
E outras empresas já estão de olho no filão de mercado dos e-books. O Google já afirmou que pretendo entrar, ainda esse ano, no negócio de venda de livros digitais, trazendo acordos com editores e (possivelmente) aumentando os preços de US$ 9,99 praticados pela Amazon na venda de seus livros para o Kindle.
Um desses concorrentes é o Reader da Sony, que de bom só carrega a marca (que já perdeu muito do seu poder, diga-se de passagem). Fica muito atrás do Kindle, mas tem a vantagem de possuir um melhor preço (seu modelo mais caro custa US$ 299,00, enquanto o Kindle mais barato custa isso) e uma tela touchscreen.
A Samsung também lançou seu próprio reader, chamado SNE-50K, com tela de 5’ também touchscreen, custando US$ 280, mas ainda restrito ao mercado sul coreano. Ele possui também 512 MB de memória e uma autonomia de bateria de 4320 viradas de página. Fora isso possui apenas 9mm de espessura e 200 gramas.
Bem, as opções estão aí (tem até brazuca na jogada), e o processo é irreversível. Mais cedo ou mais eu e você teremos os nossos e as livrarias deixarão de existir (OK, não tenho certeza nessa parte), embora ainda goste muito dos meus livros e HQs de papel.
Por “Voz do Além”, no Nerds Somos Nozes
Cara muito boa esta nova tecnologia, com certeza em breve com uma boa divulgação será possivel ver pessoas lendo no ônibus, praças, e outro ambientes com este dispositivo, eu usaria para ler entre outros livros a bíblia. Muito bom e parabéns pela postagem muito informativa e de necessário conhecimento de amantes da leitura.
kkkkk,Ler a Biblia seria muito bom ja imaginou vc ler no seu palme,que maravilha rsrssr a solução é ler no celular para quem não tem grana para compra um palm,alias coisas que ja faço a anos perdi a conta de quntos livro eu ja li no celular, ponto negativo é que a tela é muito pequena mais economisei uma grana rsrsrsrs obrigado pelo coméntario.