Dias atrás o presidente Hugo Chávez deu um mimo ao presidente Barack Obama. A obra “As veias abertas da América Latina”, editado na década de 70, e um clássico da literatura política de denúncia das mazelas do então chamado Terceiro Mundo. Hoje, essa expressão está em desuso, porque o Terceiro Mundo penetrou Nova York, em Londres, em Paris e Tóquio, ao mesmo tempo que temos Primeiro Mundo em Santiago, Rio de Janeiro, Joannesburgo ou Lima.
O livro de Galeano começa assim: Há dois lados na divisão internacional do trabalho: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus das conquistas, as jazidas de ouro e as montaDownload
Amigo Lestat.
Não pude me conter ao me deparar com esse livro em seu excelente blog. Eduardo Galeano é um daqueles autores que apesar da profundidade de suas idéias consegue atingir um grande público - o que é excelente para que suas opiniões repercutam e nos façam repensar nossa realidade. Esse livro eu já li e recomendo: trata-se, simplesmente, de uma panorâmica sobre a vida abaixo da linha do Equador (e um pouco acima também, se considerarmos nossos irmãos do México). É muito comum acreditarmos na visão fantasiosa e maniqueísta de que nós, latinoamericanos, somos fadados ao fracasso, às mazelas, à pobreza. Poucas vezes paramos e refletimos sobre as condições que nos foram impostas para que nos tornássemos as "repúblicas das bananas", o "quintal do Tio Sam" ou mesmo os "cucarachas". Crítico e objetivo, Galeano faz-nos abrir os olhos e encararmos a América Latina como uma terra rica em cultura e coragem e com enorme potencial econômico e social, habitada por um povo único, miscigenado (e por isso mesmo muito rico culturalmente), negro, índio, europeu - irmãos.
Bela postagem!
Parabéns!
Realmente este livro é maravilhoso estou lendo e não consigo parar de ler,é viciante rsrsrsrs.Fico feliz que vc gostou.