Os funcionários dos Correios voltaram a trabalhar normalmente nesta segunda-feira (21) em 15 estados, no Distrito Federal e no interior de São Paulo. De acordo com o estatuto da Federação Nacional de Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), esse quorum é suficiente para oficializar o términino da paralisação.

No sábado (19), o ministro das Comunicações, Hélio Costa, reuniu-se durante sete horas com a diretoria dos Correios e com lideranças sindicais para negociar o fim da greve, que teve início no dia 1°. Foi assinado um acordo que prevê adicional de risco de 30% do salário-base para 43 mil carteiros, e o valor fixo de R$ 260 para os demais funcionários.

O encontro definiu também que os grevistas não terão os dias de paralisação descontados do salário, o crédito do vale-refeição será efetuado após o fim da greve e, em agosto, ocorrerá o retorno das discussões sobre os termos do plano de cargos, carreiras e salários.

Em nota, a Fentect comemora o acordo e afirma que "a orientação é de aceitação (do acordo) e de retorno ao trabalho". Até o final da tarde desta segunda-feira (21), outros sindicatos deverão divulgar o resultado de suas assembléias.

Os Correios estimam que serão necessários 10 dias para regularizar os serviços de entrega de correspondências, devido ao acúmulo de cerca de 130 milhões de encomendas, de acordo com o último levantamento feito pela empresa.